Ela era a única que me interessava manter contato
Hoje é a única de que não tenho notícias
e se me alegrava o amor diário ter se tornado fato
Agora um fardo carrego sem suas carícias...
Ela tem o coração carregado de emoções que a punho controla
Justificando-se em defesas desnecessárias
Ela atropela, inclusive o cuidado amoroso que a consola
Fechando-se nas mais terríveis das penitenciárias...
E o que mais me frustra, mais me incomoda,
mais me deixa a ponto da loucura de desistir
É que não há nada que eu possa fazer, com todo meu amor
A não ser deixá-la ir...
E o que mais me perturba, mais me confunde, mais me amedronta
é que ela entenda meu amor, mas nunca se dê conta
de que eu estaria ao seu lado
mesmo que os dias fossem doentes
mesmo que o cansaço a abatesse
e surgissem dores permanentes
de que ela poderia expulsar
exatamente tudo aquilo que lhe causasse dor
as inseguranças, os tormentos, as tempestadas
só não poderia expulsar o que lhe trazia amor...
E o que mais me frustra, mais me fere,
mais me cala
é não poder fazer nada, como todo meu amor...
a não ser... deixá-la...
Alan Medrado 2010
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